segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Last night she said

Uma garrafa de cerveja. 
O isqueiro eu já tenho.  Traz só o fumo.
Alguma coisa para tirar essas camadas de rímel dos meus cílios. Como é? Demaquilante?
Senhor-cabelo-perfeito. Bobagem. Nada melhor que prender em uma colinha alta.
Aquela camiseta enorme que foi do meu pai, passou pelo meu irmão e chegou até mim.
Short? Calcinha. Mais confortável. Sexy? Não em mim. Nem sei como ser sexy.
Outra garrafa de cerveja.
Quem reclama por não ter namorado não sabe realmente o paraíso que é dormir em uma cama enorme e sozinha.
Porta da varanda aberta. Vento entrando carregando cheiro de grama.
Pernas esticadas. Cigarro em uma mão, cerveja em outra.
Frio. Fechar a porta.
Escorregar para baixo das cobertas.
Silêncio na minha mente.
Desejando não estar no paraíso que é dormir em uma cama enorme sozinha.

domingo, 20 de outubro de 2013

No one will ever love him like I do.

Foram semanas intermináveis. 

A pergunta era sempre a mesma: por que não escrevo mais? 

Como se eu precisasse que alguém de fora respondesse. 

Foram semanas intermináveis sem escrever apenas porque eu jamais escrevo quando as coisas vão bem. 

A inspiração sempre bate à minha porta da forma mais estranha possível. Vem em forma de tristeza, frustração, ou simplesmente com a vontade de despejar em algum lugar aquilo que me tira o ar de uma forma não romântica.

Romantismo é para os fracos.

Estranho ouvir (ou ler) isso vindo de uma pessoa que ama tanto, pois eu não minto quando digo que o amor me cega.

É irônico eu achar o romantismo chato, quando na verdade eu amo alguém com cada fiapinho de esperança que eu continuo carregando durante todos esses anos. É irônico eu achar o romantismo chato, quando na verdade eu perco o ar quando ele fala comigo. É irônico eu achar o romantismo chato, quando na verdade eu daria tudo para poder entrelaçar meus dedos aos dele e sentir que tudo está bem. 

É irônico eu continuar amando alguém que já não me ama mais. É irônico eu continuar amando alguém que já tem outra pessoa, mesmo quando eu imploro mil vezes às estrelas para estar no lugar dela.

É irônico eu saber que ninguém jamais vai amá-lo como eu amo.

É irônico eu continuar escrevendo sobre isso, sabendo que ele não vai voltar.


sábado, 14 de setembro de 2013

You make me wanna die

Só consigo pensar em como eu acabei outra vez com o coração partido. - ela pensou, enquanto se jogava para trás na cadeira e deixava os olhos caírem em cima do violão sobre o sofá da sala. Jogá-lo pela janela do nono andar parecia uma boa forma de extravasar um pouco da sua raiva.

Devo estar com a minha costumeira cara de assassina, sem nem piscar um olho, apenas mentalizando uma boa forma de descontar minha frustração em alguma coisa. Caso eu jogue o violão pela janela, vou ter que pagar pelo estrago. A vida anda tão ruim, que nem dinheiro para isso eu tenho, do contrário, é melhor deixá-lo onde está. Eu poderia fazer música com ele, se ao menos eu soubesse como se faz isso. Eu poderia escrever sobre como eu me sinto, mas ei... ''idiota, isso que você está fazendo é o que?''.

Tenho uma pilha de trabalhos para entregar, mas realmente preciso tentar encontrar uma solução que não seja chorar feito uma idiota, que é o que no fim, eu sempre acabo fazendo.

Eu não deveria deixar as pessoas me darem vontade de morrer, ou pelo menos, de desaparecer. Eu deveria ser forte, como eu aparento ser. Tudo mentira. Tudo isso não passa de uma armadura idiota que eu criei.

Idiota, adoro o som dessa palavra.

domingo, 1 de setembro de 2013

With love and blood, to my ex boyfriend

Quando tive meu coração partido aos quinze anos, achei que chorar oceanos faria com que eu me sentisse melhor. Hoje, beirando os vinte, ainda me sinto sufocada pelas palavras e pela letra da música que ele compôs para mim. 

Nunca pensei que cantar sobre amor pudesse doer tanto. Mas eu deveria saber, nem sempre quando as pessoas dizem ''eu te amo'', elas realmente amam. 

Partir o coração de uma pessoa é quase o mesmo que condená-la a infelicidade eterna. Foi isso que ele fez comigo. Me condenou a ficar sozinha.

Meu coração continua machucado. Esperei alguém que pudesse consertá-lo, mas acho que o medo afastou algumas pessoas incríveis.

Da última vez que eu o vi, ele fez meu coração sangrar de novo. 

Eu ainda o amo. 

domingo, 18 de agosto de 2013

# - 50 fatos sobre mim/50 facts about me

#1 - eu sou viciada em guaraná (uma vez não consegui abrir uma garrafa, então esquentei uma faca no fogão e abri um buraco na tampa);
#2 - minha banda favorita é McFLY;
#3 - conheci minha melhor amiga quando eu tinha 3 anos e mudei de casa, nossa amizade já dura há 16 anos;
#4 - tenho um sério problema com músicas da Disney, já que eu sei cantar todas e pareço uma maníaca assistindo os filmes;
#5 - tenho 5 tatuagens;
#6 - quando me formar na faculdade quero ser figurinista de cinema e/ou teatro;
#7 - eu sempre esqueço de tirar a maquiagem antes de dormir, e isso é péssimo;
#8 - passei minha vida inteira sendo muito romântica e adorando romances, hoje em dia não ligo mais pra isso;
#9 - eu amo chuva e dias nublados (não, não tenho frescura com o cabelo, é só prender e pronto);
#10 - minha cor favorita é vermelho, mas eu nunca uso roupas dessas cor, na verdade, eu só uso roupas pretas;
#11 - minha música favorita é She Left Me do McFLY;
#12 - tenho dois irmãos (Flavinho e Rodrigo);
#13 - para quem ainda não entendeu, eu faço faculdade de Moda e estou no 4º semestre; (leia o item #6)
#14 - eu amo cozinhar e por sinal eu cozinho muito bem, fico feliz de ver as pessoas apreciando a minha comida;
#15 - meu filme favorito é The Nightmare Before Christmas (ou, Estranho Mundo de Jack);
#16 - meu pai e eu somos fãs de Beatles e fomos no show do Ringo e do Paul juntos;
#17 - minha mãe e eu somos muito parecidas e acabamos brigando muito, isso me deixa triste, porque sou louca por ela;
#18 - minha amiga Julie diz que eu sou parecida com a Marina (& the diamonds) e eu pergunto: no branco dos olhos, né?
#19 - tenho uma amiga fanática pela Ásia, então costumamos nos juntar para  fazer comidinhas e assistir doramas;
#20 - o nome da minha cadela filhote é Otavia, mas a chamamos de Tata (homenagem ao ratinho Tata da Cinderela);
#21 - durante um tempo eu achei que dormir fosse desperdício de vida e dormia pouquíssimas horas por dia;
#22 - acredito em ET's, magia, duendes, elfos, fadas, hobbits, goblins e todas as coisas desse tipo;
#23 - quando eu estava no Ensino Médio as pessoas me chamavam de esquisita;
#24 - eu continuo sendo esquisita, mas na minha faculdade ninguém parece se importar com isso;
#25 - eu amo ler, mas leio bem menos do que eu gostaria;
#26 - não gosto de livros com desenhos ou ilustrações de início de capítulo;
#27 - eu assisto doramas (dorama é o nome dado a "séries" de TV orientais);
#28 - tenho um Fansub junto com mais três amigas (SamShik Fansub);
#29 - quando era criança costumava brincar muito na rua, então estava sempre suja e esfolada;
#30 - meu pai diz que eu não posso me tatuar mais porque pareço uma árvore de Natal;
#31 - minha mãe sempre pergunta quando vou fazer uma tatuagem nova;
#32 - eu amo cerveja e minha favorita é Stella;
#33 - o rum me faz feliz;
#34 - todo mundo que me conhece diz que nunca falou comigo antes porque me achava com cara de brava;
#35 - na verdade eu sou super sociável e receptiva;
#36 - eu me estresso muito rápido e quando fico com raiva eu fico cega;
#37 - eu amo música e tenho uma trilha sonara para qualquer momento da minha vida;
#38 - aprendi que nunca se deve usar sua música favorita como tema do seu namoro (RIP, In My Life);
#39 - eu não moro mais com meus pais;
#40 - eu amo escrever, mas a inspiração só aparece quando estou triste;
#41 - risoto de camarão é minha comida favorita;
#42 - meu perfume favorito é o Lovely by Sarah Jessica Parker (tenho problemas com perfumes, já que eu uso até para dormir);
#43 - eu queria que a minha vida fosse um musical, porque um filme ela já é;
#44 - divas inspiradoras: Marina (& the diamonds), Elvira (Mistress of the Dark)e Twiggy;
#45 - não gosto de filmes de romance, prefiro drama ou ficção;
#46 - meu livro favorito é Drácula de Bram Stoker;
#47 - desenvolvi um certo medo de mar e água tem alguns anos já;
#48 - quero muito conhecer o Reino Unido, Romênia e Islândia;
#49 - quando eu leio algum livro ou história que eu gosto muito, eu fico viciada e penso que jamais vou ler algo tão bom quanto aquilo;
#50 - as músicas que mais falam sobre mim no momento são: Bubblegum Bitch e How To Be A Heartbreaker (as duas da Marina & the diamonds).









domingo, 4 de agosto de 2013

I'M ALWAYS DRUNK

Minha mesa estava lotada de copos e latinhas de cerveja. Acho que o álcool já tinha se apoderado de mim e de repente tudo parecia muito engraçado.

Chovia lá fora. Não uma chuva grossa. Mas com certeza me deixaria ensopada depois de alguns minutos. Me pareceu interessante tomar uma bainho de chuva quase 23:30 da noite. E eu fui. Deixei a chuva lavar as minhas roupas e a minha alma. Era uma boa sensação. Senti a água escorrer pelo meu rosto. Sorri feliz, pensando em como era bom não ter maquiagem alguma que pudesse borrar. Abri os braços e comecei a rodopiar. Não me importei de estar bêbada e poder escorregar no chão molhado a qualquer momento. Apenas queria voar. Como dizem naquele livro? Me sentir infinita? É, eu não lembrava de quando tinha me sentido tão bem nesses últimos dias. Abri os olhos e observei a cidade. Porto Alegre parecia tão linda durante a noite, especialmente do meu terraço no nono andar. Clarice Falcão sentiria inveja por não ter uma vista tão bonita do oitavo andar. Minhas roupas começaram a pesar, principalmente depois que eu deitei no chão para olhar o céu. Provavelmente eu nem senti os pingos machucarem meus olhos, mas eu sabia que o frio me incomodaria a qualquer instante. E foi isso que aconteceu. Saí do terraço e fechei a porta atrás de mim. Desci a escada tentando não escorregar e fui direto para o banho. Abri o chuveiro e sentei no chão, deixando a água quente me abraçar enquanto eu cochilava por uns dez minutos. Me aninhei no sofá da sala já vestindo meu pijama, pronta para descansar, meio bêbada ainda. Notei a movimentação de todos, se aprontando para algum tipo de festa.

Foi quando me perguntaram:  - vamos sair?
E eu meio sonolenta respondi: - me arrumo rapidinho!

E depois ainda me dizem que uma garrafa de cerveja não pode me fazer feliz...

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Seems that I'm always thinking of you

''Trago a pessoa amada em três dias, dois se morar perto.''

Eu deveria andar com uma placa pendurada no pescoço com esse tipo de coisa escrita. Resolvo a vida amorosa de todos os meus amigos. Trabalho rápido e só preciso de alguns minutos de conversa para resolver qualquer ''pepino''.

Mas, por que parece tão difícil resolver a minha própria vida amorosa?
Devo parar de fazer perguntas a mim mesma, a resposta é sempre mais do que óbvia.

Sou dramática, faço de todo probleminha meu, um problemão. Se eu gosto dele, eu não olho na cara dele, pareço uma débil mental. Parece até que eu jamais namorei. 

Acho um milagre quando dois seres humanos tem um sentimento que é recíproco. Mas como a desgraça vem sempre pra mim, eu me acostumei a ter um amor unilateral...

Não, não é amor...

De qualquer forma, o sentimento sempre partiu só de mim (em 99,9% das vezes). Não seria diferente agora...

Oh, oh, oh, you treat me badly, i love you madly, you really got a hold on me.

Não, não é amor... Não sei porque toda música fala diretamente de amor, nunca pode ser um gostar muito forte e avassalador...

De tarde eu digo com a certeza de quem já superou: ''You and me, never will happen''. 
De noite eu reclamo e choramingo: ''Porque ele não pode estar aqui comigo...''

Não gosto de pensar em como os olhos dele me parecem bonitos e em como eu notei que ele cortou o cabelo ultimamente. Não gosto de pensar que o cheiro do perfume dele me atrai como o cheiro da cerveja...

Aí, eu bebo para suportar a dor...